O Aquífero Guarani, encontra-se sob área de quatro países: Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Somente no Brasil percorre 8 estados, do Rio Grande do Sul ao Mato Grosso. Com uma extensão calculada em mais de 1 milhão de km2, somente no estado de São Paulo abastece total ou parcialmente, cerca de 200 cidades. Só a área de recarga tem 46.211 Km2 que equivale a 4,6 milhões de hectares. É considerado um dos maiores reservatórios de água subterrânea do planeta, com 37.000 Km3 de água de capacidade e um volume anual de 163 Km3 de fluxo de recarga – um verdadeiro Gigante Guarani!
Uma recente publicação da NASA, Quantifying Renewable Groundwater Stress with Grace (2014) apontou o Aquífero Guarani como uma reserva sobre-explorada, entrando em nível de rebaixamento e ameaçada por fatores como contaminação.
Desde 2009 o Aquífero Guarani entrou no estado que se chama ‘rebaixando’, ou seja, seu volume de recarga é inferior ao volume de água retirado. Em Ribeirão Preto, por exemplo, a taxa de retirada já foi 30 vezes o volume de recarga. Na região de atuação do projeto, o Aquífero Guarani abrange uma área extensa de afloramento e confinada.
A região do nosso projeto é área de manancial que concentra nascentes de diversos rios que contribuem para grandes Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (UGRH): Sorocaba; Médio Tietê; Médio e Alto Paranapanema.
Na Depressão Periférica Paulista, localmente chamada de ‘Baixada Serrana’, estão situadas áreas de afloramento dos arenitos Botucatu e Piramboia. É um ponto muito vulnerável do Aquífero Guarani. Nestes locais, a susceptibilidade à contaminação é muito alta e requer um manejo diferenciado de prevenção e controle do uso de substâncias potencialmente contaminantes, e orientação do cuidado do solo para evitar processos erosivos e degradadores.